Aprendi a não bater de frente com quem só entende o que lhe convém.

Ia eu devagarinho,
Ou seguía de passo apressado?
Com a certeza de quem sabe o rumo do seu caminho.
E ignora o peso do fado. 

Sonhei, delineei planos, tracei metas.
Engoli angústias, senti o peso das derrotas.
Quis levar gente comigo,
Quis ter pessoas ao meu abrigo, 
Mas há quem só saiba o dedo apontar e facilmente dizer:
"Eu não consigo!"

Mas...
Para conseguir, é preciso tentar!
Para vencer, alguém tem de perder!
Para conquistar, há quem se dá por vencido!
Para morrer, é simples - basta estar vivo.

Mesmo assim, há quem vivo - mais morto esteja...
Que no desatino do não querer,
confunde-se com o não conseguir.
Tudo teve, tudo perde, 
só fica o silêncio de quem cansado
espera pela reviravolta.

E a algures na vida (há ensinamentos que demoram a aparecer),
aprende-se a não bater de frente
com quem só entende o que lhe convém. 
Porque a vida não é o depenica de pétalas do bem e mal-me-quer. 
Triste aquele que não sabe ver a sorte que tem.

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