E...
E de novo acredito, veemente, que nada do que é realmente importante se perde verdadeiramente... Não, não se perde. Apenas nos iludimos a nos próprios, julgamos que somos donos das coisas, dos instantes, dos momentos, dos outros... Mas não. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram ou dos quais eu me afastei, todos os dias felizes que já tive, como os momentos tristes que passei e quis superar, todos os pores-de-sol que vi e que continuarei a ver e a reviver, assim como todos, únicos e magníficos instantes de céu cor de rosa, laranja e vermelho que tanto gosto de ver, todos os sorrisos e miminhos docinhos que do presente se apagaram e que agora na doce caixinha de veludo azul das recordacões repousam levemente adormecidos...Nada perdi. Se não e apenas a ilusão de que tudo podia ser realmente meu e só meu para todo o sempre... Mas nada tem dono, se não e só apenas o vazio com propietário. E porque há coisas que acredito que devem ser ditas, mas mesmo cá no fundo ainda não sei... Podia ter sido tudo diferente... Se não tivessemos ficado calados ou se eu tivesse falado mais e tu escutado menos... Mas acho que no fím, pensamos sempre no príncipio... O que me vale é que a divisa "A T SEMPRE" também serve para mim...E afirmo que deixo, ou melhor, tento deixar livre todas as "coisas" que amo... Se voltarem para mim, foi porque as conquistei, porque as cativei, porque a mim querem pertencer... Se nao voltarem... Afinal, foi porque nunca as tive, nunca as cativei para grande triteza minha...
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