Encosta-te a mim.

Tu. Surgiste assim de mansinho. Tal como a música nos embala no seu ritmo e compasso, tu embalas-me nos teus gestos e nos teus sonhos, assim com o teu jeito meio tímido e meio de sincero. Sim, embalas-me no teu doce olhar que relembro mas de memória frágil, mas não em nada insensível. Faltam-me os minutos passados ao teu lado, faltam-me as estórias não vividas e os tempos não partilhados. Falta-me ouvir a tua gargalhada e ver um sorriso estampado no teu rosto. Mas acima de tudo, faltam-me olhares que não trocámos. Mas uma troca de vogais basta para se perceber se somos próximos ou não. A escola é útil. Pois isto ensinou-me a gramática. Eu sinto, tu sentes, ele sente. Agora como se contrói o verbo sentir no presente do indicativo, mas na primeira pessoa do plural, não me perguntes a mim. Tenta comigo. Tentas? Se juntar a indefinição ou mesmo a descontracção a uma vida não obtenho nenhuma categoria gramatical, ou melhor, obtenho sim. A ausência de ti. E isso é a única categoria que não quero definitiva. Mas e que fazer? Encosta-te a mim,nós já vivemos cem mil anos...

Comentários

who's Ugoo disse…
:D * beijinho
Xyco disse…
olha alguém que também gosta da musiquinha do Jorge Palma:)
Bjinhos***
R. disse…
bem me parecia que tinhas umas ruguitas...

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