Tempo que não soube aproveitar.

Tenho andado em baixo.
Confesso que nunca pensei que o falecimento do meu avô Manuel me afectasse tanto como afectou, não tenho deixado de sorrir, isso é impossível, mas quando o silêncio impera, não é a paz que reina... Vem de perto uma melancolia que me devolve o rosto do meu papá lavado em lágrimas... Avô, onde quer que estejas, recebe todo o meu amor que meio sem jeito não tu soube dar enquanto era tempo. Gosto de imaginar que estás ao lado da avó Floripes e que no meio da vossa conversa cheia de tudo, lhe falas de mim e em como me tornei numa rapariga toda desenrascada que te faz lembrar ela, porque bem sei que temos o mesmo corpo, isso ninguémme tira. Por enquanto, vou olhando para o chão para ver que cada passo que dou é realmente dado, quando souber novamente caminhar ao sabor da vida, olharei em frente...

[Calçada das ruas de Coimbra.]

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