O meu Ventura pequenino.

Apaixonei-me pelo André como quem adormece. Primeiro foi ao de leve, depois assim-assim (quando nem estamos ferrados, nem acordados) e depois quando dei por ela, ele já tinha me conquistado em fortes abraços entrelaçados. Uma verdadeira lapada! Quando é o que percebi? Muito tarde. Na sua ausência. Sentimos o peso da saudade nas noites de insónias. O meu sono é o André.  O que é muito diferente de ele me dar sono. Dá-me a tranquilidade que o meu apressado coração não tem. Tive a sorte de o encontrar e ele sem querer já é meio mundo para mim.
Adiante. 
O que não vinha no pacote e que eu não estava nada a contar é que viesses tu, um Ventura pequenino com o melhor abraço do mundo. Serei eu, quero saber, que tudo tenho, sem me aperceber do pouco que dou? Acho sempre que dou pouco, para o muito que tenho e para a imensidão que me dás. Às vezes parece-me que nas voltas da vida, nos choques e nos desencontros, encontramos nos outros o que sabíamos não ter. Encontrei uma família que no meio de tanto amor, deu-me num sobrinho, um amor maior. Tu. 
Gosto muito, mas mesmo muito de ti e acredita quando digo que gostava de ter um filho como tu. Pode vir mesmo igual, só lhe porei o nome João antes, tipo etiqueta para vos distinguir! AHAH AAH
És um meiguinho terrorista. De sorriso gigante, tal como o teu gineto, dás-me a mão e ensinas-me que as limitações são para serem apagadas com a borracha e no lugar do lápis, devemos escrever a nossa história, mesmo com alguma ardósia, numa tinta permanente, mas com um grande e bonito final feliz. 
Soube do teu nascimento, dois dias depois, fiquei tremendamente feliz, festejando como se tivesses nascido naquele dia, o teu tio (na altura ex-namorado) só me contou depois, não o censuro, tenho boa memória, mas esta conversa fica para outro dia. Como fazes sete anos hoje, faz de conta que só fazes anos sábado e festejamos de hoje até lá! Dois dias.
Só isso é que nos separa. Repito, dois dias.   


Irradias luz. 
Branca, com pequenas faíscas azuis.  
E sob o brilho das estrelas no céu 
Ensinaste-me outro tipo de amor. 
Também já és parte de mim.
Quando olho para ti, vejo o quanto és feliz.
Sei que o que te falta,
Quem te rodeia desejava ter para te dar. 
Eu dava-te em dobro, só para te ter sempre pela metade, 
A outra metade será sempre dos teus maravilhosos pais. 
Mas todos fazemos aquilo que podemos, 
e começamos por te AMAR. 

Mas a história escreveu-se assim
E acredita que me lembro que  
a vida pouco tem de especial, 
quando comparada à luta que tiveste naquela cama de hospital.  
E até nos voltarmos a ver, 
Guarda-me bem aquele abraço que só tu sabes dar.
mesmo que tente, 
O teu tio não te consegue igualar.
E eu gosto de ti assim, do principio ao fim
porque tu és perfeitinho para mim.

Eu, o meu nariz gigante e dois Venturinhas.

PS: escolhi o teu tio para namorado, porque só te conheci depois. Um dia vais entender isto. AHAHA AHAHA


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