Fim de Janeiro.

Venho diferente, corri sem mochila às costas, sem preparo, sem acessórios mas cheia de nada e alguma vontade. E assim fui. Com uma bravura envergonhada, porque do escuro pelo-me toda e deixei-me ir a subir, porque a descer dizem que há sempre a ajuda de uma mão para empurrar. E empurros eu não quero. Quero sentir que se deveu a mim e só a mim.. Mas mais não sei se assim é mesmo, só sei que é o que se diz... E fui. E vim. Mas não vim sozinha. Trouxe uma paz comigo, aquela que trazemos quando sentimos que demos o nosso melhor e eu dei e voltava a dar. De outra forma, não sei ser. Sinto ainda alguma dificuldade a lidar com as minhas limitações, mas agora quando me apercebo delas entendo-as e deixo-me acalmar, elas enroscam-se no sofá do vermelho e deixam-se ficar e eu longe estou dos tempos em que o nó na garganta era insuportável acostumei-me a desfaze-lo porque cego ele não é e braille eu não sei. Mas ao desenvolvê-lo, desenvolvi-me a mim. A estória continua, não sou de desistir, nunca fui e não o vou ser agora... Quanto mais luta der, melhor! Como diz uma t-shirt minha "És uma mulher ou um rato?" Sou uma mulher meu bem, sou uma mulher...

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