Falling...

Sinto-me um Timbaland.
Como ele convida músicos a contarem estórias, eu tenho pessoas a participarem na minha vida, mas a estória essa é contada com os meus acordes. Não me ensinaram, nem eu os aprendi. Mas como um guitarrista dendilha as cordas da sua guitarra e por vezes sem medo de as partir, eu embalo-me sem jeito nos acordes que ateimo em arranhar. Adorava saber tocar. Adorava saber cantar. Mas não toco, mal canto. Só me ouço. E danço. Ouço-me às vezes em prantos, muitas vezes em sofrimento, na maioria das vezes já só me sinto em lamúrios. Quero levantar, mas não deixam. Quero acender a luz, mandam-me aprender a viver às escuras. Não sei. Às vezes sinto as coisas demais, outras tantas vezes não sinto nada. Mas que me aconteceu? Quero dizer, mas não quero falar. Quero ter, mas não quero possuir. Desejo, mas não peço. Não sei... Podes dançar comigo música de século XXI, mas com roupas de século XXVIII? Vá lá, vamos fazer de conta que vivemos de famílias ricas com amores predifinidos. Vamos fazer de conta que somos felizes e que a tristeza não existe? Vou fazer de menina rica e mimada e vou ter tudo o que quero! E tu vais fazer de criado! Vou fazer de conta que gosto de mim todos os dias e que nunca penso mal de ninguém. Vou fazer de conta que não quero outra vida se não a minha. Minto. Gostava de apagar tudo com corrector para ter a certeza que não voltava e começava do 0! Mas nunca se começa do 0! Aceitas em alinhar nisto tudo comigo? Eras capaz de vir sem pensar e simplesmente aceitar? Eu acho que não. Mas se aceitasses, acho que ias sozinho....

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