Morte.

A morte é provavelmente o único assunto que reúne consenso, quando pedimos um exemplo daquilo que nos assusta, ou melhor, que nos aterroriza. A questão aqui é quando morre uma mãe, uma esposa, uma amiga, uma avó, uma mulher... que sofrimento todo este causado pela máxima lei de que tudo tem um fim. Ontem apercebi-me que a capacidade de aceitação, da resignação deste acontecimento revela uma superioridade de espírito que até hoje não me tinha apercebido. Quando ouvi o pai, marido, avô e homem a falar fiquei com vontade de ser sua neta. "Sabem, é muito penoso, a perda é avassaladora, mas é mesmo assim, é a lei da vida e a vida não pára! Hoje foi a nossa família, amanhã será a de outras pessoas, infelizmente é mesmo assim... Mas a presença de família, de tantos amigos, faz diminuir a dor e o conforto que recebo de todos ajuda a ultrapassar o momento (...)" Gostava de que quando chegasse a vez da minha família (porque quer queiramos, quer não, estamos todos em fila, só desconhecemos é o número da senha que temos) eu tenha o devido discernimento para conseguir aceitar, mesmo sem compreender os motivos que originam tamanha dor. Espero que até essa incógnita e desconhecida data eu saiba dar valor e demonstrar a quem de direito a falta que me fazem e as saudades que sinto, quando não estou por perto... e cada vez ando mais longe. Que não me insida no grande PORQUÊ daquilo me estar a acontecer, mas que me embale nas grandes e maravilhosas memórias que essa pessoa me deixa como recordação, porque essas ninguém mas tira. E a saudade não é um ponto final, é uma vírgula na forma de "Até breve!".

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