ARV
Semelhante ao sol que nos aquece, assim vem o teu sorriso ao meu encontro.. Como é bom ver-te chegar! O azul dos teus olhos inspira confiança e o toque das tuas mãos desfaz as minhas inseguranças. Lembro-me bem de ver-te pela primeira vez e de nada em ti me saltar à vista. Lembro-me bem de falarmos pela primeira vez com os teus olhos a refletirem num computador de uma sala escurecida, lembro-me bem do primeiro filme que vimos juntos pela primeira vez e de como te dei a minha mão. As estórias de amor são únicas, cada uma do seu jeito, mas ao relatar o início das mesmas, todas começam com sorrisos e momentos parvos, mas que naquele instante eram tudo. E hoje ao olhar para trás sinto isso. Começou com sorrisos, tivemos os nossos momentos parvos, mas agora és me quase tudo e outro tanto. Não és a dependência que possa sentir, és sim a metade que me preenche e que faz com que os meus dias sejam mais completos e felizes. És quem me faz contar as horas até tu chegares, és quem me aborrece quando chegas atrasado. És quem me faz ser mais ponderada, mas és também quem mais me arrelia com o teu "é ir indo e fazendo." Mas eu não sou perfeita, ninguém o é, mas também não o quero ser e penso que tu também não. Gosto de pensar que sou a tua companheira e que o serei até ambos o querermos, que consigo fazer o teu mundo melhor e mais feliz, como tu fazes o meu. E gosto de pensar que há vida para além de ti, que caso terminemos, o mundo fica sem luz, mas não acaba. Foste tu que me ensinaste (e por minha culpa!) que eu só preciso de mim mesma para ser feliz, mas contigo tudo fica melhor. E é aqui que quero debater este pensamento. O facto de saber claramente que não somos completamentedependentesumdooutro, faz com que sinta que a nossa relação é saudável, que a cada dia que passa olhamos na mesma direção. Com aborrecimentos, arrufos, discussões? Claro, que sim! Mas com amizade, respeito e muita dedicação assim tem sido a nossa relação. E sinceramente, gosto de como estamos, mas sim, podia sempre melhorar e é nesse caminho que todos nós pensamos que seguimos. Mas às vezes a placa dos destinos vira-se, o cruzamento já lá vai atrás e ninguém nos avisou...
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