Ilubriadamente doce.

Aprendi da pior maneira que as pessoas não são más, conseguem sê-lo e muito bem, mas não o conseguem sempre, conseguem ser boas e de forma ainda melhor. E nesses rasgos de bondade, raros talvez, conseguem, não sei eu como, cativar de uma forma surpreendentemente vincada que faz o outro sentir saudade. Como um dia ensolarado de um sol de inverno a meio de Novembro, sabendo nós que é escasso, breve e solitário. Mas como dizia, as pessoas não são más. Conseguem sê-lo, mas como em tudo, também isso passa! E é muito bom saber que nas ruas de um coração perdido, existe sempre alguém que inebriadamente na esquina mais próxima aguarda pela sua aparição. Será mel? Será feitiço? Não sei, mas soulmates soa-me sempre melhor que alma gémeas, esse título de novela das seis. E ainda bem que assim é! Há dinâmicas de relações que ninguém as entende a não ser quem as vive. Há momentos inexplicavelmente desafiantes e eternidades pachorrentas, mas as horas de espera vão desigualando o tempo, as horas parecem longas enquanto se espera e curtas quando se vivem. Será que hoje quem tem, amanhã ainda terá? E a noite cai.. Sabem que o coração tudo aguenta com dor ou sem ardor. Queremos viver desenfreadamente, mas só travamos. Será que o por-de-sol não nos dá esperança? Pensem, possivelmente o erro está em nós. Possivelmente, não! Está mesmo. Mas será que vamos ter a sorte de quando o fim da vida ameaçar-nos olhos nos olhos: afinal quem tinha defeito éramos nós?
E aconchego o teu cabelo solto sobre a relva luzidia, que sonho estranho que tive. Apetece-me acordar-te e desabafar. Acorda para mim e por mim! Por favor. Mas não, não vou-te acordar, que egoísta que sou. Mas que estranho! Sonhei que passei pela vida sem a viver e que quando chequei à meta não sabia que a corrida já era a valer...

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