Carlos do Carmo e o presidente deselegante.
O meu grande bem-haja.
O nosso primeiro Grammy.
Há umas semanas atrás foi notícia de abertura dos nossos jornais televisivos, o presidente da república, Cavaco Silva, ter tirado uma selfie com jogadores da nossa selecção, momentos antes de esta embarcar rumo ao Brasil para o Mundial de Futebol. Esse mesmo Cavaco, revelando, há dias, alguns sinais de modernidade, não teve a honra de exercer naturalmente as suas funções. Funções essas em que foi eleito pela população. População que hoje envergonha e entristece. A obrigação profissional e moral de parabenizar o fadista, como o protocolo o exige!
Se o fadista o criticou, foi devido à grande riqueza que possuímos no nosso país: o direito à liberdade de expressão. O mesmo presidente, deve estar mais que consciente e habituado que ninguém agrada a Gregos e Troianos. Como tal, mesmo tendo sido alvo de duras críticas, devia ter a humildade de parabenizar um português. Enquanto individuo tem a sua total liberdade de escolha, enquanto presidente da república não deve pensar em si, no gigante "eu" que parece ostentar, deve pensar "portugal". Não é parabenizar só quem gosta, ou aparenta gostar, ou elogiar quem lhe é indiferente, ou pior ainda, elogiar quem teve a franca sorte de o criticar, sem o senhor presidente o saber.
A próxima vez que ouvir fado (não sei se aprecia) lembre-se que deve também um muito obrigada ao Carlos do Carmo por o fado ser reconhecido como património da humanidade.
Por mim, apenas lamento em nome pessoal, por quem em nome coletivo falhou vergonhosamente!
O Carlos do Carmo é elegante, o senhor presidente ainda não o aprendeu a ser e, honestamete, já está mais que na hora, já não tem 16 anos nem anda na secundária, escondido atrás de pavilhões com o ego magoado.
Aqui fica o meu humilde obrigada ao grande CC!
Chega de palavras minhas, fechem os olhos, abram bem o coração e... Ouçam.
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