Carta ao ano 2015!
Meu querido 2015,
(ler como quem canta a música "Meu querido mês de Agosto!" de Dino Meira).
escrevo-te, não porque 2014 tenha sido mau, mas, porque foi um ano morninho e eu cá, não sou de meias medidas, sou muito mais do tipo ou é, ou não é. O meu namorado que o diga. Enfim. Assim de repente, olho para trás e não me surge assim nada digno de um grande e espectacular "UAUUUU!" Parece-me que foi um ano de "meios", de "inícios" mas sem grandiosos fins. Pura e simplesmente, não existiram. Fiz dois cursos de escrita criativa, escrevi um livro que ainda não viu a luz do dia (propositadamente); tenho o doutoramento, literalmente, a meio e; finalmente, encontrei alguma serenidade no trabalho que a experiência já começa a apaziguar, sem nunca ser demais. Escrevi uma revisão que ainda não viu a luz do sol (intencionalmente), preparo a parte experimental do projecto... Ou seja, só para ti - ano 2015 - utilizei o ano de 2014 em boa parte a preparar imensas coisas que espero ter terminadas em 2015 com direito a luz solar por completo! Tipo, nascer do sol, fotossíntese, bronze, escaldão, por-do-sol, ena... tudo!!!
Li há perto de um ano que as pessoas, na sua individualidade, alegavam preferir os anos caso fossem pares, ou impares, escolhendo-os por antecipação apenas por isso mesmo. Par. Impar. Mas como posso eu escolher um ano bom ou mau, sem o cheirar primeiro? Ai não cheiro? Então nem isso me dás 2015, logo a mim que adoro perfumes? Pois bem, não há cão, não há gato, mas há vontade! Pus mãos à obra. E o que fiz? Pesquisei no Google!
Ora bem, alegadamente, 2015 será o ano da ovelha! Eu não li barato, por isso não confundir! (SPOILER ALERT: a piada só resulta em inglês!) E se é o ano da ovelha e eu sou do signo carneiro, mas sou uma mulher, logo posso passar por uma ovelha! Algum problema ano 2015? Até posso fazer méééé dando como sempre o meu melhor mas; por favor, não entres logo a matar de tesoura em riste para me tosquiar, porque nesse campo já tenho a segurança social a fazê-lo por ti. Porque esses sacanas, mal vêm um recibo verde a ser passado, parecem moscas na merda. É a mais pura das verdades.
Agora, em confissões mais cheirosas, sê um ano em grande, dá-me grandes alegrias, retribui-me apenas em proporção ao quanto eu trabalho e me dedico (juro, que não quero mais!) e ajuda-me na MM de Lisboa. Se estiveres bem atento, irás reparar que me dás 365 dias (ou és bissexto e ainda não te apresentaste eloquentemente?) para eu poder fazer as coisas bem, errar e corrigir, eu juro que tento pertencer sempre ao primeiro grupo. Mas às vezes, lá calha e, corre mesmo mal e... faço merda. Dás-me 12 potentes crises de mau-humor, alegadamente, hormonais (verdadeiras balelas!) em que tento superá-las a marfar tabletes de chocolate milka com avelãs. Em Janeiro começas já a atacar-me com o frio e a aumentar a luz solar por dia para conseguir manter os treinos, dar-me-ás os 50 anos da minha mãe no Domingo de Páscoa (ai de ti, que te atrevas a fintar-me a felicidade!!!) e sorridente revelas que já estou bem mais perto dos 30 do que dos 20, "Porque as mulheres são realmente interessantes é a partir dessa idade." (dizes tu de sorriso malicioso) e ainda é preciso enumerar mais pormenores?!
2015, eu não estou a torcer por ti, estou, mesmo, é a torcer por nós!!!
Vem, mas juízinho nos truques que tens na manga para mim e para o meus.
Sem mais de momento;
PD
Comentários