Julho está a chegar.
Pouco falta para o teu aniversário e preciso escrever sobre o que a tua saudade provoca em mim.
Sinto a tua falta, todos nós sentimos. E sem explicar como, o tempo foi passando e julho está a chegar. Gostava de te dizer que são mais os dias bons que os maus, mas estaria a mentir. No mar da saudade, insistimos em nadar, quando na realidade, sem rumo e desorientados procuramos a bóia do salva-vidas (que não há). E flutuamos, boiamos e às vezes deixamo-nos ir ao sabor da corrente.
Casámos e eu andei sempre de mãos dadas contigo, pensámos sempre em ti, falámos algumas vezes em ti, mas que dizer mais em palavras? A festa passou-se sem rei, porque faltas sempre tu. Mas ao mesmo tempo, sempre presente, sempre a sorrir e até o fixe não faltou!
Tive um casamento muito feliz, correu tudo dentro da normalidade, sem exigências excêntricas e stresses estúpidos. Só fiz um pedido muito sério: que não tocassem a nossa música, eu não iria aguentar. E não tocaram.
Mas ironias do caraças, aquilo passou e a verdade é que hits são sempre grandes músicas e na aleatoriedade da banda sonora do dia-a-dia da vida, mais cedo ou mais tarde acabam por surgir à superfície da pele. Pois bem, já surgiu.
No passado sábado, já quase na recta final do casamento dos rockstar, estava no centro da pista de dança com o tio André quando os nossos acordes ecoaram na sala. Senti imediatamente um aperto no peito e o olhar turvo, eram as minhas lágrimas de saudade. Fiz do tio André o meu par e saiu-me da boca "Temos de a dançar, vai custar, mas ele ia gostar de ver!" Dancei a chorar, mas dancei. Como temos feito tudo o resto. Vai com dor, vai com tristeza, vai com saudade, mas vai.
No passado sábado, já quase na recta final do casamento dos rockstar, estava no centro da pista de dança com o tio André quando os nossos acordes ecoaram na sala. Senti imediatamente um aperto no peito e o olhar turvo, eram as minhas lágrimas de saudade. Fiz do tio André o meu par e saiu-me da boca "Temos de a dançar, vai custar, mas ele ia gostar de ver!" Dancei a chorar, mas dancei. Como temos feito tudo o resto. Vai com dor, vai com tristeza, vai com saudade, mas vai.
E é assim que segue a minha vida, daquilo que sobrou depois de viver um grande amor contigo.
Por hoje faço como a roupa do estendal, guardo a minha dor na gaveta, fecho-a com um ligeiro movimento de saudade e solto um suspiro igual aos teus - "ai ai".
Vou dormir e confesso, gostava de sonhar mais vezes contigo.
Por hoje faço como a roupa do estendal, guardo a minha dor na gaveta, fecho-a com um ligeiro movimento de saudade e solto um suspiro igual aos teus - "ai ai".
Vou dormir e confesso, gostava de sonhar mais vezes contigo.
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