Civismo e bom senso.

Hoje presenciei um ligeiro acidente.
Estava a chover, já passava das 17h, era de noite. Ia a correr e na direção oposta, alguém trava em cima da passadeira e o de trás bate-lhe. Instintivamente, rodo a cabeça no momento do estrondo, o condutor (alegado sinistrado) está a sair do automóvel a gritar com o condutor que lhe bateu e não mais de dez segundos depois sai a filha do primeiro condutor do banco de trás e agarra-se ao pai com medo, mas medo de que ele se passe da cabeça e comece uma cena de pancadaria. A mãe é a última a sair e nada faz, nada diz.  
Se aquele acidente colocou em risco de vida a menina? A mim pareceu-me que não, mas como disse, rodei o rosto com o som do impacto. Pareceu e parece-me que era tudo apenas um grande aborrecimento. Realço que condeno a atitude do primeiro condutor. O pior podia ter acontecido assim que a menina saiu disparada do carro. 
Se existisse civismo e bom-senso, em primeiro aquele pai não teria dito o asneiredo que disse, muito menos batido com os punhos no carro como o fez; segundo, aquela menina não teria saído disparado do automóvel como o fez e se o fizesse, ele rapidamente veria nela a prioridade e encaminhava-a de novo ao interior do automóvel, o que não fez nos segundos demorados em que lá estive.
Parece-me que em pleno século 21, não se sabe ainda o que é civismo, não se respeita ninguém e que aparentemente o tuga ainda acha que tudo resolve à moda antiga, com uns bons sopapos. É preciso que saibamos que para nos entendermos, é preciso bom-senso e só isto poupa-nos muitos aborrecimentos. 

Bom 2018 a todos que passam por aqui os olhos, e se querem que o ano seja diferente, neste caso para melhor, não continuem a ser uma ambígua versão menor ou igual de vós mesmos, sejam mais e melhores. 

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