O amor sossega a dor.

O amor sossega a dor.
Sossega.
Mas não esquece.
A dor apenas esmorece.
E volta,
volta sempre.

O amor acalma,
O amor atenua.
Acarinha e protege
O amor mostra que se consegue.
Com muito amor, pouco se teme.

Mas haverão sempre os infelizes,
Aqueles que sabem amar,
Dar e cuidar.
Sem pouco ou nada pedir,
Apaixonados, deixam-se ir...

Com tudo,
vivem sem nada.
No espelho o reflexo é de alguém sozinho.
O corpo muda de casa,
mas a alma tem a mesma morada.

E nestes casos,
quem infeliz foi, é e será.
E aqui, a conclusão que agonia,
é o peso da monotonia e
o amor só cega a dor.

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