Conversas.
E tu sorris. Sorris como só tu o sabes fazer.
Porque falar de mim é contar pelos dedos até me perder [por me faltarem dedos por onde contar] os pedaços de ti que já fazem parte de meu eu. Sim, é isso mesmo. O que não lês aqui, lês nos meus olhos, como só tu o fazes.
E tu. Tu ouves-me sempre. E mesmo quando já me canso de falar, quando já todos os termos e meio termos se esgotaram, quando já não sei por onde argumentar, calo-me. Mas é mesmo aí, nesse exacto momento que me ententes e que me ouves com ainda mais precisão. Quando o meu silêncio se revela no teu peito, já tao familiar, como vai o compasso do meu coração. E envolves-me. Os teus braços. O meu único porto de abrigo que me traduz uma sentença de segurança perpétua, que livre e docemente irei cumprir. Os teus braços.
Pergunto-te se mesmo com os meus problemas ainda me queres. Respondes-me com um sorriso como que ao "chamares-me" de tola da forma mais carinhosa possível e ao brincares com dois dedos de cabelo meu dizes-me "Claro que sim! E como se diz: na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, todos os dias da nossa vida. Não é Piquinina?" E amo esse instante como te amo a ti. Acredito que vai ser para todo o sempre, que sem querer já a ti pertenso, que só faz sentido se estiveres ao meu lado. E mesmo sem ser preciso algum PORQUE, porque não há nada para provar a ninguém, eu digo-te. Porque eu sou a tua piquinina. E tu... O meu GRANDE amor!
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