A segurança social do 1º ministro e o humor negro da Caixa Geral de Depósitos.

Faz hoje uma semana.
Era notícia que o excelentíssimo PPC não sabia que tinha uma multa a pagar à segurança social. Alegadamente, referia ele que entendeu que cada um pagava se queria (até porque seria a beneficiar de uma suposta reforma) e um dos nosso representantes estatais, achou-se no seu livre (?) direito de preferir manter o dinheiro no banco a render do que a pagar. O mesmo que não se recorda dos honorários de 5000 euros mensais, numa empresa que esqueci de decorar o nome. 
Meu querido, imagina a trabalhares a recibos verdes? Mas possivelmente, o senhor nem saberá bem a definição deste regime, quanto mais a redução do ordenado na fonte. Sem esquecer, que 25% do meu ordenado só é visível (claramente) na folha de recibo. Dinheiro este que nem o cheiro e a entidade patronal para a qual trabalho, perde largamente um montante que a bem dizer eu nunca encontro! 
Até aqui, queixo-me eu e todos os que tal como eu, assinam o recibo. Os criticantes (nome designatório a quem fala mal, só por falar e não sabe fazer outra coisa a não ser falar mal) dir-me-iam "Olha constitui uma empresa!" Ok, sem bens, sem nada - alego o ordenado mínimo ou por aí perto, coloco despesas de ajudas de custo e na vez de IRS cá tenho eu o IRC e pagamentos por conta. Traduzido em português assertivo em míudagem: Levar no cú ou no cú levar... e salta-me um palavrão!
Ponto.

Onde quero eu chegar? Ao óbvio.
Nessa mesma segunda, 8h da manhã, a abastecer na GALP, lembrei-me "Deixa cá ver como está a conta-poupança..." Dirijo-me ao multibanco, insiro cartão e respectivo código. Seleciono por erro movimentos de conta na vez de saldo de conta. O que me sai em papel?


Meus queridos, o filho da mãe do 1º ministro saca-me o dinheiro todo para pagar a sua segurança social. Fiquei sem pingo de sangue. O que fiz? Repeti o procedimento.

Saldo: 0,00

Ora bem, agora vem a parte melodramática. Sem tempo para resolver a questão, toca a seguir em direcção ao local de trabalho a 100km de distância, dia cheio de consultas e sem tempo para tratar fosse do que fosse, nem para um mísero telefonema. Ao final do dia, 21h, vou novamente ao multibanco, insiro o cartão a tremer e peço o saldo. Agora sim, tudo nos conformes. 

MORAL DA HISTÓRIA: Não vejam o saldo das vossas poupanças em dias em que primeiros-ministros são acusados de não pagarem a segurança social.

Comentários

Postagens mais visitadas