A meia hora de terminar uma dia feliz.


Na vida podemos metaforizar com a corrida. Hoje apetece-me que assim seja.
Em acontecimentos mais importantes, preparamo-nos, munidos por aquilo que consideramos ser o mais importante e fazemo-nos à luta, como quem diz, à estrada, sabendo de antemão que desistir nunca deve ser opção e nos momentos menos animadores, sabemos que tudo tem um fim - e agradecemo-lo. 
Nunca imaginei ter um blogg onde desalinhasse os meus sentimentos tendo como objetivo encontrar-me nas palavras soltas, muito menos que tivesse espectadores, por largos anos fui cara sem rosto. Até ao dia em que nas minhas palavras puseram outro nome.
Nunca fui de escrever em papel, teima minha em não sofrer com um calo que faço no terceiro dedo da mão direita, como tal sempre desabafei ao som de um teclado dedilhado. Já tive arrelias com este estaminé, mas recentemente tenho recebido um feedback muito positivo de quem aqui pára e dásse ao trabalho de ler desabafos, uns soltos, outros presos, mas todos eles sentidos. Há mais projectos, mais sonhos, numa imensidão de gente; qual a diferença: vence sempre a persistência. E eu, sempre joguei nessa equipa. Porém, um aspecto bonito na escrita, é que o verdadeiro prazer é sentido no momento do desabafo, reler é reviver. Olhem a fotografia, vejam os pormenores, ou então vejam apenas o que quiserem. A beleza do meu olhar é como um fotógrafo, o rosto de quem escreve é o menos visto, mas tem os traços que todos os outros conseguem decorar - quais os temas que mais aborda, quais as parábolas mais repetidas; ou seja, dou mais a conhecer na escrita do que aquilo que vêm quando me olham nos olhos. Aqui não há maquilhagem nem desvio de olhar. Sou só eu (mas mais completa). 

Comentários

Postagens mais visitadas