Volta

Escrevi-te um poema.
Daqueles rabiscados em guardanapos de papel
Mas sem qualquer mancha de comida
Apenas muitas lágrimas salgadas.
Porque ainda não consegui morder o pastel. 
Quis falar dos teus olhos azuis
O céu fê-lo por mim.
Tentei poetizar a tua pele branca.
Lembrei-me que a neve já existia.
E fui pensando em mais coisas sobre ti
Ao passo que o meu olhar turvava com a neblina. 
Lembrei-me, sem nunca me esquecer,
do teu cabelo louro
Qual trigo ou joio.
Em todas as festas de baile ou sem
Eras sempre tu o rei. 
Mas o coração apertado não me deixa avançar,
a tua pele suave ainda não tem comparação.
Pensei que com um bom refrão
terias tu aqui uma canção
Só título lhe ficava a faltar.
Volta.
Pensei eu.
Não é um bom nome - bem o sei,
mas é um sonho meu.

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