Gostava de ser a Sophia.

Gostava de ser a Sophia
e escrever sobre o mar,
exactamente como ela o sentia.
Da bruma, a espuma nascia.

Ouvir na voz do Miguel o som
da minha leitura.
Até porque a meu ver (e sem sentido)
há corações belos que teimam
em brutas vozes, manter-se escondidos.

Fotografar o que o Afonso escreve.
No fim, sei-o quase de cor e fico mais leve.
Eu que o leio.
Ele rabisca com traço diferente.
É sabido que é uma voz emergente.
E a qualidade nele é constante.

E assim me vou construindo - pessoa,
com sonhos e realidades,
com fracassos e superações.
Metáfora de heterónimos de emoções.
Ora convenhamos,
De campos em campos,
Há quem sonhe com reis.

Comentários

Postagens mais visitadas