Confesso.


Confesso.
Confesso que dizer algo sobre mim própria, mesmo seja o que for, é uma tarefa ingrata...
Se digo demasiado bem, acham-me convencida, se digo mal, não acreditam. E se não sei que responder... Então aí, está o caldo entornado... Não é por não me conhecer, é talvez, por mal saber o peso bem medido que a modéstia deve ter! Mas convenhamos... Quando são os outros a falar, uma coisinha chamada "elogio" vem ao de cima, como uma bola de ping-pong vem lá do fundo do mar e então aí sim!!! O sorriso deixa de ser grande e passa a ser brilhante, a amizade deixa de ser doce e passa a ser bela e a vida... A vida leva-nos de encontro a nós mesmos, não de encontro com o nosso reflexo, mas de encontro à nossa identidade.
Talvez venha daí o meu prazer quando me chamam Diogo. Sinto sempre que chamam pelo ser que abita esta carcaça e não pelo rosto que esperam ver a um palmo dos seus.
Mas também sempre ouvi dizer que quem amamos nunca morre. Mas eu acredito que quem amamos nunca está longe de nós, vive sim dentro de nós, que é o teu caso... E ainda à pouco partiste e eu já tenho saudades...

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