Conectividade.

O sol brilha e o frio aperta, amanhã ele vai chegar.. Como o tempo passa, que velocidade atroz! Será de mim ou nem dei pelo tempo passar? Como é delicioso escrever numa manhã ensolarada, no local do costume e com o teclado que nunca me rejeita.. Que saudades do cheiro de livrarias com revistas e livros que atabalhoadamente se acotovelam para eu os escolher: "Leva-me a mim!" "Ele não, todos lhe tocam, leva-me a mim, estou aqui em cima..." e com receio de ferir os seus nobres sentimentos, trago e folheto descartável, porque ele fica feliz com um simples toque: ele ama como as mulheres, desenfreadamente mas por pouco tempo. E eu limito-me a ser o seu homem, que o acolhe como se nunca se atrasasse e que o aceita sem recordar maleitas de outrora. E o tempo passa, os livros agora gritam a outros, na esperança de não serem esquecidos. Actualmente escrevemos tudo no papel do ecrã, as folhas antigas acumulam pó e por esquecimento, ficam para trás, arrumadas nem sei bem onde, já o computador com o cabo ou net wireless tem tudo ao esticar da mão! Facilitismo? Sem dúvida, mas assim não rasgo toalhas de papel de mesa só porque lá escrevi uma memória que não consigo deixar para trás, assim escrevo tudo no ecrã que vai comigo para onde eu for. Insistimos que não, mas a cada dia que passa somos mais dependentes de tudo e de todos. Já não conseguimos um dia sem telemóvel, sem net, ui! E um dia sozinhos sem pessoas e sem estes aparelhos? E vida de nómada? Essa sim, escasseia hoje em dia quando abundava há uns séculos atrás...

Comentários

Postagens mais visitadas