A perda ou all goot things come to an end.

Como será perder alguém?
Perder para sempre quem tanta vez nos fez sorrir, quem tanta vez nos levou ao colo, quem também nos repreendeu e quem da mesma forma nos afagou o cabelo inúmeras vezes? Felizmente, advindo da minha juvenil idade e pelo condor do destino a quem muitos acham desígnios do acaso, outros lei soberba da natureza, as pessoas que mais amo estão todas elas comigo. As festas acontecem com toda a gente à mesa, os acontecimento felizes são recontados nos diversos telefonemas e a minha plateia está sempre com lotação esgotada começando logo na fila da frente. Que sorte, que bom sentir o abraço cheio de tantos braços e o bater do coração! Mas um dia como em tudo na vida, também a minha mesa cheia vai acabar. Até lá há que dar valor a essa mesa cheia. Por ventura, tento renovar a cada dia que passa os meus sentimentos pelas mesmas. Porque são tantas as vezes que ouço as pessoas a queixarem-se que só depois de perderem é que deram o devido valor às pessoas, que ficou o silêncio e na memória o que não dissemos vezes suficientes aquela pessoa o quanto a amamos, o quanto gostamos dela e as saudades que vou ter quando o autocarro chegar e a saudade, só essa é que fica comigo, porque as memórias já estão há muito no meu baú... Os meus avós maternos criaram-me e ao recordar a minha infância, é recordar-me deles, mas mais novos, são sem dúvida os meus segundos pais e no passado mês de Janeiro, mais precisamente a 14 desse mês, comemoram 50 anos de casado. A família juntou-se à volta da mesa, cheia como sempre. Sabem qual o meu presente? Além de um ramo de flores que só as senhoras sabem valorizar, fiz um discurso onde tentei relatar os últimos 25 anos que com eles vivi desde que tenho memória de mim mesma. Ver a emoção nos olhos deles, sentir o turbilhão das minha emoções, reviver momentos que não esquecemos e as saudades que sentimos!!! E quando chegar a hora, também eu vou sentir que devia ter mostrado os meus sentimentos muitas mais vezes, sem dúvida! Mas sempre fui dizendo algumas vezes! E tu, dizes a quem mais amas o quando amas essa pessoa? É que estamos sempre prontinhos a apontar o dedo, mas abrir o coração e mostrarmo-nos como realmente somos é sem dúvida cada vez mais raro. Mas gostas de pertencer a esta maioria? Sorri, vive, sê feliz e faz os outros felizes!

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