Deixas-me.
Das coisas que mais me custa nos sonhos é sonhar que os meus me morrem e.. que ele me deixa. Tanto num, como noutro, pouco há a fazer. No primeiro tema é algo inevitável na vida, mesmo para a pessoa mais do contra que respire. Mas todos os dias vivemos no limite, com a ilusão de que tudo aguenta firme onde está, irrevogavelmente, até voltarmos, não como irrevogável do Portas. O erro é que nem o voltar, nem o ficar é garantido. Isso e mesmo ele depois de 9anos a meu lado, manter-se. Mas ele não fez mal nenhum, não me desapontou, as minhas sinapses é que me devolveram a manhã num sorriso triste. "Tens alguma coisa para me dizer?" perguntei esta manhã depois de lhe contar o pesadelo. Ele ri-se, meloso, que sou pequenina e que faço um jeito com a cara quando estou de birrinha. Os homens apaixonados dizem estas coisas e outras mais. Parvas até de se ler, mas o mel do amor não tem ferrão. O que eu verdadeiramente gostava era que entrasses no meu peito e nadasses no amor que te tenho, serias tu mesmo, eu igual a mim e então com mais certezas que as in caminharíamos na direção do precipício.
Mas afinal, eu é que acho que tenho algo para te dizer: tenho muito medo de ter perder, a ti, aos meus.
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