A ausência.

Se soubesses como é difícil viver sem ti,
vinhas ver-me e apertavas-me o rosto
Com as tuas mãos,
como sempre fizeste.

E sorririas.
Dir-me-ias que estavas bem,
que estavas feliz e que nada havia a temer.

A tremer e com a voz embargada ia repetir-te a frase:
"Eu tenho tantas, mas tantas saudades tuas!

E sorririas.
Dir-me-ias que também as tens
que estás tranquilo e que a vida tem de seguir em frente.

Com nó na garganta, dizia:
"Não sei mesmo, como nos temos aguentado, mas temos."

E sorririas.
Dir-me-ias que também estás a conseguir
que estás sereno e que é o amor que nos faz
mais fortes.

Tal como tu.




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