A Rihanna fumou, a Aurea bebeu e eu... bem, eu fui criada pela Licínia.

A Rihanna começou isto tudo. É ela a culpada! Diz ela que gosta da forma como ele a magoa, mas o que ela ama mesmo é o modo como ele lhe mente. Está lá na música. 

Até aqui, tendo ela declarado o seu amor pelo Chris Brown em frente à Oprah depois de ele lhe ter esmurrado a cara, pensei que ela estava claramente a agir em conformidade. Infeliz, cega, mas estava. Ela vem dos Barbados, ou seja já traz muita água pelas barbas e depois, aqui para nós, aquela tatuagem entre as mamas em homenagem à sua avó (Oi?) que insiste em mostrar nas suas partes de cima transparentes. Sim, porque não lhe vou chamar camisolas, tem de significar pelo menos que é mulher com muito calor. 

Depois aparece-me a JLo. Diz que não, não lhe vai tratar da roupa, porque não é mãe dele. Sim, meu menino, é mesmo isto. Não é mãe dele, mas tem idade para o ser, mas só no CC, a idade mental é quase de certeza muito inferior. (Ups! Isto não era para dizer?) Que já está na altura de ele chegar ao emprego a horas e que chega de videojogos. (A sério!? No teu tempo havia? Olha que no meu, eram poucos e a preço de ricos). Mas siga, és latina, tens um corpaço do caraças e a malta inveja isso, mas eu dou no duro no exercício físico e minha menina, mantém-te fina que estou quase a chegar lá! 

Mas esta gripe das parvoíces (vamos chamar-lhe gripe P em minha homenagem, sim porque e stou a perder tempo com isto) chegou a Portugal em pleno século 21! E na voz da maravilhosa Aurea. Diz a moça que prefere ser cega, do que vê-lo sair da sua vida, deixando-a pela segunda vez! Vamos lá viver 30 anos lado a lado, eu bem encornada, mas a fazer de conta que nada sei, porque a minha visão é muito clara - eu preciso de ti! Não encontrei video oficial. 

Aqui assumo dois pontos: há quem cante o que não escreve, que se regule pouco, mas no seguimento da melodia há a terrível questão que tudo decide! Entra no ouvido? Sim? Siga! Sem dúvida que sim! Mas o conteúdo? Nos piores casos ou é vazio, ou é mau. E em plena era de redes sociais, a falta de carácter, a imatura personalidade ainda por moldar é ofuscada pelo número de likes e estas cantoras não deveriam aceitar dar voz a este tipo de músicas. O slogan é mau para cântico partidário! Não deviam, mas cuidado, não pretendo ser radicalista, até porque sou apologista da opinião livre, mas consciente. Custa-me a crer que as cantoras gostem de encarar personagens a quem lhes dê alguma comoção, ou quiçá, compaixão. 

E aqui entra a minha avó Licínia. Eu tive a sorte, mesmo!, de ser criada por quem me ensinou e transmitiu muitos valores que ainda hoje acho que são TOP! e que me orgulho de ter, mas o que ela me ensinou foi ter amor próprio e pensar pela minha própria cabeça. Foram muitas as vezes que a vi e ouvi dizer em resposta a algo "E isso foi mesmo assim?! Acreditas?!" E lá começava ela na sua reflexão de factos, aliás ela nunca tolerou sequer que lhe calcassem os calos, quanto mais mentir, lavar roupa do meu avô só porque sim ou fazerem dela cega?! Ela vê muito mais de olhos fechados, que muita boa mulher de olhos bem arregalados. Mas também sei que o amor é cego, mas não perdeu olfacto, e ela, meus queridos, cheira-as à distância. 

E sim, isto é de tirar a paciência a qualquer uma que se preze. Mais, a qualquer mulher que tenha algum amor próprio e bom senso q.b.! Não vou introduzir o substantivo/adjetivo feminista porque ainda não sei bem o que é ser feminista, parece-me que a definição da Priberam é pouco concisa. Tanta jovem a cantarolar estas parvoíces, a acharem normal a supremacia da pila, que já não devia sequer existir e sim olharmos-nos na equidade, porque já vi homens nus e não somos exatamente iguais. 

Cuidado não (precisamente) com o que ouvem, mas sim com aquilo que repetem. E esta última frase sim, pode ser um bom slogan! Vá, assim-assim.