Quarta, 23h23.

Nada me dizes, nem me escreves. Deixo o silêncio invadir o meu espaço, o meu espaço que queria que fosse teu. Embranho-me nas letras do meu fiel escudeiro. Parto na viagem solitária que quero fazer por gosto, com dedicação, mas calmamente. Não penso em decisões por mim já tomadas, o passado já lá está para trás e comigo carrego o que somente quero levar. Não me sinto só e isso é o importante, escolhi estar assim, assim quero continuar. Gosto de estar e de viver sozinha, mas comigo mesma. Quando tenho o que não pedi mas que desejei e com sábia espera que o destino me impera de aceitar devolvo-me à liberdade que aos poucos perdi e deixo-me adormecer nos sonhos que ainda estão por viver. Não sei o que quero ao pormenor, perderia a piada se o soubesse, não decoro caminhos, vou indo e vendo com a certeza que desta vez vai ser o coração a ler na bussola o norte das auroras que iluminam a minha caminhada de por do sol em por do sol.
Sou feliz, mentiria se dissesse que não o era.

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