Perco-me.
Às vezes, mas muitas menos do que desejo, perco-me por breves instantes, nos quais me parece estar rodeada de uma intensa e poderosa eternidade, em longínquas dissertações sobre as coisas que consideramos básicas e nem conta damos do quanto maravilhosas o são e quase capaz me sinto de jurar que rocei assim ao de leve mas num jeito tosco na tão desejada sabedoria. Sim, porque onde a lagarta vê o fim do mundo eu vejo uma borboleta.
Mas por vezes o nosso dia-a-dia parece ser dubitalvelmente sacudido por momentos que afirmamos com ar mais do que convincente do que quando é verdade e parece sempre que mais uma vez a Área 51 final existe. Existe mesmo e sempre existiu.
Mas lá vai o homem do leme a meio da proa com o batalhão do mundo todo que somos nós atrás dele na esperança de que aviste o mais que falado e re-falado D. Sebastião à tanto tempo desaparecido para que de uma vez por todas, não traga o que as pessoas querem, mas que traga sim o que todos nós precisamos. Umas boas mãos e uns braços poderosos para dar uma boa sacudidela na poeira dos olhos de tão boa gente que é para aprendermos que se há algo para fazer, então há que arregaçar as mangas e fazer. Não é ficar à espera. É fazer. Verbo no infinito. Eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos. Agora vós... Jánem me lembro se refiro o verbo falar. Porque anda mais de meio mundo armado em grandes e gordas lagartas já que, como pensam elas, o mundo vai acabar e depois anunciam como quem anuncia que o mundo é belo, as borboletas estão em vias de extinção. Pudera, pudera! Com tamanha desistência e nem ainda o campeonato é oficial, nem as bancadas estão abertas a preço decente já todos afirmam, mas nada calmamente, que "Sim, senhor, venho oferecer-me como sou, como fui e como serei. Um simples coleccionador de borboletas em risco de se tornarem extintas!"
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