Caminho de pincel.

Caminho de pincel por mim desenhado e enriquecido por ti meu doce tinteiro, ainda completo. Será que quando algum dos meus se for, para onde eu não sei, me restará somente o preto? Mas para mim, hoje tudo está diferente... Haverá melhor época do que a de Natal para me encontrar com a minha consciência e declarar-me em plenos pulmões ao alto que me redescubri como ateia? Sim, clara e sinceramente ateia. Encontro-me parante um texto que resolvi chamar-lhe o Dogma da Religião que me tem feito pensar mais do que devia, ou não...

DOGMA DA RELIGIÃO.

O Sr. Douglas Adams num discurso de uma palestra sua em Cambridge disse algo mais ou menos assim "A religião... tem no seu âmago algumas ideias a que chamamos sagradas ou santas, ou seja o que for. O que significa é o seguinte: "Aqui está uma ideia ou uma noção sobre a qual não nos é permitido falar mal; pura e simplesmente. Porquê? Porque não." Se alguém vota num partido com o qual não concordamos, somos livre de discuti-lo tanto quanto nos apetecer; todos terão algo a dizer, mas ninguém se sentirá agastado por isso. Se alguém acha que os impostos devem subir ou descer, somos livres de uma opinião. Mas, por outro lado, se alguém diz que "não deve rodar sequer o interruptor de uma lâmpada ao sábado", nós dizemos "respeito isso". Mas porque razão é perfeitamnete legítimo apoiar o partido C ou B, republicanos ou democratas, Macintosh em vez de Windows, mas ter uma opinião sobre quem criou o universo... Não, porque é sagrado??? Sagrado???Estamos habituados (atrevo-me a acrescentar que fomos habituados) a não questionar as ideias religiosas. Todos perdem a cabeça porque não nos é permitido dizer estas coisas. Mesmo assim, quando olhamos racionalmente para a aquestão, não há razão para que estas ideias não possam ser discutidas como quaisquer outras, só que de alguma forma, concordámos entre nós que o não devem ser."

No entanto, todas as guerras que existam, por mais demagogos que venham a existir independentemente do seu renome, do seu carisma ou até do seu excelente raciocínio, ambos sabemos que todas as guerras, todos os desastres e todas as crises são em prole e em nome da religião, se não vejamos. Recentemente, palestinianos/israelitas; antiga e actualmente católicos/não sei quantos, não será de todo preciso adiantar muitos mais, pois não? A maior mentira anível mundial é afirmarem a existência de quem acredito veemente nunca ter nascido, pregam um belo de um sermão aos tubarões que acreditando nas suas próprias mentiras, vão comendo os outros de seguída e não há quem lhes resista. Mas muito sinceramente há lodo nas margens de um rio salgado e qualquer um cai e quando dá por si é igual ou pior a quem já lá está. Por isso eu cá gosto de terra firme, gosto de pensar, reflectir sobre isto, mas não gosto de discutir de verbalizar o que sinto, pois eu cá sofro por antecipção e hoje sinto-me triste e esgotada. Estou de luto, faz anos que nasceu quem nunca existiu.

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