Dói mas dói devagar...


Dói...
Quando não te tenho, quando o abraço que dou é no vazio e aperto somente o ar, preferia o vácuo, assim como preferia saber que não existes... Mas existes e este abraço que dou é em falso, eu é que sinto com os pulmões como a prova existencial de que existir, realmente o ar existe, eu é que não o vejo. Incapacidades humanas que todos nós temos, mas só apelidamos os outros de deficientes. Pois bem, a perfeição não existe, insistem também em continuar a chamar de paraíso a países de paisagens lindas de morrer, mas onde só se vêm as estâncias e os resortes e se exclama com extremo de eufemismo metaforiano: "São de 5 estrelas e mais..." Mas a fome que os habitantes passam, as terras não cultivadas porque é só argila e rocha e sei lá eu se a mineralização não rossa nesses sítios os 99%. Mas não, qual quê... Só conseguem olhar aos pratos repletos de frutas, com animações em forma de animais, de casas, carros, preservativos... Mas e o que sobra vai para o lixo e achamos nós tudo isto comum. Porque hoje em dia, quando se dá estranha-se e quando se rouba é normal. Passo-me, passo-me e passo-me...

Se alguém pensar o contrário ao que escrevi, por favor não me avisem,
às vezes a ignorância revela-se doce!

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