Um outro planeta terra.


Sou uma curiosa sobre cinema, mas em modo amadora (por completo), não decoro pormenores de filmes da ficha técnica além do nome de alguns realizados e atores, nem pormenores da vida pessoal de muitos atores, muito menos analisar se algo está bem feito, gosto na vez de analisar, de apreciar. E os poucos pormenores que sei com o tempo não me aborreço de os esquecer. O que mais detesto numa cena de filme é ver o microfone, perco-me na deixa e esqueço a história que está a ser contada nesse preciso segundo. Mas este filme nada tem a vem com o que acima afirmo, está a meu ver maravilhoso e fez-me pensar dias e dias a fio. Imagino eu, que hoje 16 de Janeiro de 2013 é anunciada a descoberta um planeta terra igual ao nosso, completamente espelhado, uma pessoa igual a mim mesma com a grande diferença nas escolhas feitas no dia-a-dia. Ou seja, onde eu no passado escolhi esquerda, o meu outro eu escolheu direita. Onde eu escolhi esquecer um amor, o meu outro eu escolheu lembrá-lo e por aí em frente. Onde eu me esforcei para abrir a boca, do outro lado eu não fez força para a fechar! Como para mim seria delicioso ver entre mim e o meu outro eu quem seria a mais bem sucedida?! Mas qual de nós as duas seria a verdadeira eu?! Como é estrondoso ter esta dúvida existencial?! Seria a mais maravilhosa a que nasceu primeiro, caso o reflexo da minha outra mãe na vez de ter escolhido fazer força, não o fez?! Ou a que soasse a mais verdadeira?! Mas quem seriam os jurados?? Que grande questão retórica! Maravilhoso também é a necessidade individual e acredito que seja a nível global, do ser humano corrigir erros, mostrar que somos melhores pessoas do que éramos ontem e que todos nós merecemos oportunidade, atrás de oportunidade de sermos felizes até atingirmos o que não existe, a total perfeição. A grande diferença é que quem quer impetuosamente uma segunda oportunidade esquece-se de a dar aos outros... Mas a questão aqui não é essa a meu ver. Sou do tipo de pessoas que deixo quem está ao meu redor totalmente livre para tomar a decisão que quiser, mas tem de se aguentar firmemente com as sequências das suas decisões. Tal como eu aguento as consequência das minhas, sou impulsiva por natureza, mas reflicto calmamente sobre as decisões que tomo. E, quando excluo alguém da minha vida, já pensei muito nisso, a decisão foi tomada há muito, mas só agora a tornei pública, felizmente tenho o direito de o fazer, assim como todos têm o direito de o fazer comigo, mas existe uma total inexistência de curiosidade da minha parte sobre o presente e o futuro dessas pessoas, pois só fiz parte do seu passado. Não me aquece, não me arrefece, nem fica sequer morno. Não quero saber. Ponto. Só tenho é pena que não façam o mesmo comigo, de repente tornam-me mais interessante e estimulante, fazem conversas vazias, a escumalha junta-se e com a sua malha de 5ª categoria talha o seu cachecol e eu agradeço, mas ainda não virei protagonista de filme, eu disse bem, ainda não virei personagem. Acham que me importo? Não. Se me incomoda? Sim, mas só momentaneamente, porque não sabem comportar-se e falta de educação é muito feia. Por outro lado, apercebo-me de algo pior, como são fáceis de ler e previsíveis. E ser-se previsível é muito, mas muito chato! E o que eu faria? Pediria boleia para essas pessoas para a outra terra. Como cá as suas opções não são as mais bonitas nem as mais correctas, lá acertariam pelo menos numa! 

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