Presente perfeito. Tu.
E mesmo hoje, que acordo sem ti, sinto o teu amor a envolver-me. Já faz parte de mim. Ainda me lembro do tempo em que querias namorar comigo e eu dizia-te claramente "Não. Não vai dar certo." E tu sempre a dizer que sim, que ia dar certo, porque ambos o queriamos, eu é que não via, embora lá bem no fundinho sentisse que ia dar. Depois, muito rapidamente na altura [e neste momento pertence já a um passado vagaroso] chegou a altura em que te definia com uma única palavra "persistente". E tu sorrias, rias cada vez que dizia que adorava essa caracteristica em ti. Mas já me tinhas cativado ao tempo, como até hoje ninguém me cativou, pena ter notado tão tarde. Mas ainda cedo para tanta coisa que surgiu de seguida.
De te conhecer a namorar-mos, passaram-se onze meses, nos quais já pertencias ao meu dia-a-dia. Mas depois de cinco meses de namoro quase perfeito, eu magoei-te. Choras-te por minha culpa. Não me perdou-o. A sério que não, embora confesso que já me habituei a viver com isto. Não merecias o que te fiz, mas fi-lo e tenho de assumir. Mas o que mais me custou foi olhar-te na cara e contar tudo à letra por letra o que se tinha passado. Sabes que sempre fui e continuo a ser sincera aliada a uma péssima mentirosa e como tu dizes a mando do Paulo Gonzo "Sei-te de cor." Mas se isso me doeu, a ti foi ferida aberta que sentias já não ser possivel de fechar. Mas mesmo assim, disseste que me perdoavas e que me aceitavas nesse mesmo instante. Não me perdoei eu. Não conseguia abraçar-te depois de tanta coisa ter feito. Não merecia um namorado assim tão perfeito e eu uma pecadora confessada. Sonhava contigo, acordava a pensar se te iria ver. E nada. E quando te via o meu coração parava e dava-me vontade de já com ele parado correr para ti, beijar-te, apertar-te e sussurrar já no aconchego do teu peito que para mim é sempre um abrigo: "Foi só um sonho mau meu amor. Nada se passou, eu estou aqui." Mas passou-se. Passou. Está lá traz, já não volta.
Então no dia 27 de Fevereiro voltei a ser como me conheço. Enchi-me de coragem e pensei "De hoje não passa, tenho de o voltar a ter para mim. Por favor meu Deus, que ele me aceite de volta." Enchi-me a meio de coragem e a meio de nervosismo do puro e fui. Fui e lutei contra o nervosismo, envolvida nas correntes de um mar favorecido pelos ventos do vindos do Cabo da Boa Esperança. Rezei para que tudo corresse bem e já mais do que a meio do nosso passeio, entre ver o teu novo relógio e não ver. Não te roubei um beijo. Ofereci-te um meu. E tu aceitas-te meu amor. Aceitas-te. E apertaste-me, abraçaste-me e beijas-te de novo e de novo até me sussurrares ao ouvido "Qualquer dia matas-me!" E entao sorrimos, como sempre sorrimos cada vez que um de nós o diz. Mais genuíno e puro que um sorriso de criança é um só sorriso de um amor profundo e sincero de dois corpos unidos numa só alma.
Fiquei mais que feliz. Mas feliz do teu lado. E sabes que mais? A morrer, vamos os dois juntos, a morrer que seja de tanto amor que o pobre coração já novamente a bater no compasso da paixão não aguente e nos leve. Mas aos dois. Juntos para todo o sempre. Agora sim, o que temos não é perfeito. É muito mais que perfeito. É nosso. Construído por nós e para nós. Tu tens quem amas e quem eu amo mais que tudo deseja estar no aconchego dos meus braços e está. Amo-te muito meu amor. Apaixonada por ti estou, como sempre estive desde o nosso primeiro beijo "tão naif".
AMO-TE SEMPRE & PARA SEMPRE meu Né.
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