Tempo.

Quando num romance a meio livro lido e menos de meio por imaginar, porque pouco falta para o resto se saber, leio que "(...) quando tu não estás, o tempo passa muito mais devagar.", mas eu divago. Divago sim, na parte em que quando tu estás, o tempo que nos é um desavergonhado, foge-nos. E nós que estamos tão entretidos um com o outro, nem por ele damos conta e quando reparamos nele o já é tarde de mais, aproxima-se abruptamente de nós. Mas não nos desentrelaçamos, apertas-me mais um bocadinho e eu que sou fraca de braços deixo-me aninhar no teu peito que sempre, tão simpatica e carinhosamente, me acolheu. Mas no amar, assim como o só sei fazer do meu jeito, fraca, tento não o ser, mas piquinina, sempre serei, não é meu amor? Por um lado, claramente, que me completas, por outro lado, obviamente, que a estar longe de ti... Que sejam raras as vezes, porque sabemos que isto é inevitável e vai acontecer... Mas que seja sempre do género "Olha, vou ali e já volto, tá?" E mesmo, sem me dares tempo de te responder que vou contigo, para nenhum de nós ficar só, já foste, já voltaste e já cá estás. E porque não me pertences, pertences sim e pertencemos ambos ao nosso amor e a tudo aquilo que nos uniu e que nos une, pois já diz o Rui Veloso, no que acho ser das frases mais belas que alguma vez ouvi "Porque é mais o que nos UNE, que aquilo que nos SEPARA". E que para todo o sempre assim seja...

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