Desapego

Eu gostava de o saber fazer
De me desapegar, como quem se solta do abraço
De o largar, sem o querer de novo no meu espaço.
De viver para mim e por mim.

Porque isto de amar o outro,
Tem muito que se lhe diga.
De me sentir reclusa,
Como se num espartilho estivesse retida.

Fico mais vulnerável ao amar
Quem em troco me faz mais forte
Como se invencível eu fosse
E nunca esperasse a morte.

Mas ela vem com toda a certeza
Levar-me-à a mim e aos meus.
Seremos mais do mesmo, seremos despejo
Até lá, acreditarei eu em Deus?!

Acho que não.
E que se dane tudo isto.
Porque a vida parece feita de lixo
E eu vim ao mundo para ser feliz.

Pelo menos é o que a minha mãe sempre me diz.

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